Muntchako

Muntchako

Quinta-feira – 21/10/2021 a partir das 15h20 no youtube.com/farturabrasil

Balance a pélvis, mexa o quadril, a anca, o cóccix e o seu sacro! Sue a virilha! Sue não, encharque a virilha! Você está em um show do Muntchako, e toda malemolência que seu nome carrega, é traduzida no palco, e uma grande pista de dança se forma, em esguichos de prazer coletivo sensorial. O grupo faz dos ritmos pontes que nos transportam para ambientes inimagináveis. Caminha pela América Latina caliente, pela África mântrica, pela hipnose moura cigana, pela Jamaica enfumaçada e pelos bueiros suados da Amazônia equatorial. Cada passo dessa caminhada é pontuado pelos algoritmos universais da pista: beats eletrônicos, synths e guitarras misturam-se aos instrumentos e tambores orgânicos. O resultado é uma música instrumental, sem letras mas com muitos sotaques. Sem nomenclatura e principalmente, sem fronteiras.

Os três elementos que formam o Muntchako -Samuel, Barata e Macaxeira – são ninjas da arte dançante e do peso. Das pistas de dança globais, vem a pesquisa pelas batidas inusitadas do baterista Rodrigo Barata, que também é DJ da crew/festa Criolina e pesquisador de antiguidades e modernidades. Das experimentações que casam a percussão ancestral com os samples, surge a performance punk de Macaxeira Acioli, que passou por bandas como a nortea-mericana dos badboys do jazz Hypnotic BrassEnsemble (USA) e a paraibana Cabruêra. Da música jamaicana, rap e dos riffs de guitarra do funk vem o know how do multi-instrumentista e produtor musical Samuel Mota, que compôs a banda Jah Live e tocou e atuou como produtor musical com poeta do rap Gog.

Os sons e as estéticas terceiro-mundistas são traduzidas em seu próprio estilo. Com os pés num Brasil imenso, plural e diverso e com as antenas curiosas que captam as tendências urbanas do mundo, o Muntchako é filho da complexidade sonora e da política ‘e viva a América Latina’.