25° Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes recebe 65 mil pessoas em seis dias de festival

Com o tema “Inconfidência Mineira” na edição comemorativa, o evento ofereceu cerca de 250 atrações ao público e reafirmou como o maior do setor gastronômico no país.

25° Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes recebe 65 mil pessoas em seis dias de festival

A celebração dos 25 anos do Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes aconteceu nas últimas semanas, entre os dias 19 e 28 de agosto, e reuniu mais de 65 mil pessoas na cidade histórica.

Mais uma vez a cidade abraçou o Festival de uma maneira muito especial. A edição que marca o retorno do evento presencial foi, em essência, um grande reencontro. Da cidade com outras cidades, dos familiares e amigos, dos chefs e do turismo. Deixou em evidência que o Festival é muito mais que a valorização e celebração da gastronomia brasileira, é também colocar para fora e compartilhar todos os sentimentos que envolvem a comida e o ato de comer em conjunto.

Foto: Paulo Filho

“A volta do evento presencial foi muito importante para gente entender também o que as pessoas buscam em um festival de gastronomia pós-pandemia. Fique muito impressionada com o reencontro, as pessoas quererem participar, sentir o cheio, ver as pessoas cozinhando, a ocupação das ruas. A alegria estava estampada no rosto de todos”, compartilha uma das curadoras do projeto, Carolina Daher.

Um dos pontos altos do Festival foi o novo espaço no Santíssimo Resort, onde foi montada uma das praças do evento e concentrou parte da programação. Além da localização privilegiada na região central da cidade, o ambiente permitiu que as pessoas se dividissem pela cidade e se sentissem mais confortáveis.

Foto: Paulo Filho

Vale a pena destacar a participação de Jefferson Rueda, d’A Casa do Porco, eleito o 7° melhor restaurante do mundo no mais recente “The World’s 50 Best Restaurants”. O chef fez, pela primeira vez fora de São Paulo, o Porco San Zé, no espaço Brasa e Lenha. O público acompanhou os segredos do preparo do porco inteiro que pesa cerca de 120 kg e, de acordo com a curadora e o público, essa experiência foi inesquecível. “Jefferson Rueda é responsável por uma das melhores cozinhas do mundo, valorizando de uma forma muito bonita os ingredientes brasileiros em uma esfera de alta gastronomia e de uma forma mágica. Ver alguém com tanto reconhecimento fazer uma comida caipira, em uma praça, no interior de Minas Gerais, servindo para um monte de gente que talvez não tenha acesso ao seu restaurante foi muito emocionante e um momento histórico”, ressalta Daher.

©2022 Nereu Jr

Além disso, o intercâmbio de muitas culturas culinárias e técnicas, promovida pelos chefs de fora e regionais, que cozinharam juntos, foi outro ponto alto do evento. O Festival recebeu nomes como o paraibano Onildo Rocha, que comanda o Notiê, Abaru e Cozinha Roccia; Rodolfo Mayer, do disputado Angatu; Tássia Magalhães, considerada uma das melhores chefs de sua geração, do Nelita; Caio Soter, chef do Pacato, eleito Novidade do Ano pela Prazeres da Mesa; Ivo Faria, que participa desde a primeira edição; o baiano Fabrício Lemos; além de Monica Rangel, Rafael Pires, Beth Beltrão, Matheus Paratella e muitos outros.

Foto: Paulo Filho

Os produtos presentes na Mercearia Fartura também não ficaram de fora da apreciação do público. Selecionados a partir da Expedição Fartura, pequenos produtores de diversos lugares de Minas Gerais, que elevaram seus estoques para atender a demanda do Festival. A emoção deles foi percebida por todos.

“Depois de tanto tempo, estar cara a cara com o cliente em um evento grandioso, ver seus produtos esgotados e dividir espaço com tantos profissionais já consagrados no cenário nacional, mostra a relevância do Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes, que por 25 anos faz história e continuará por muito mais tempo, impulsionando a economia por meio da gastronomia, a valorização dos ingredientes e produtos brasileiros e a relação do povo com a cultura alimentar”, ressalta Rodrigo Ferraz, diretor da plataforma Fartura Gastronomia.

As trocas entre chefs, pesquisadores e público nas aulas não ficaram de fora. Os muitos espaços foram responsáveis por encontros informativos e interativos, onde foi compartilhado estudos, características regionais, receitas únicas e muitos outros ensinamentos que fazem a gastronomia do Brasil ser única.

Foto de capa: Nereu Jr.