Com as facilidade de hoje, nem paramos pra pensar, como eram as técnicas de conservação dos alimentos antigamente, mas elas existiam e até hoje são usadas com várias finalidades. Ao matar um porco e aproveitar todas as suas partes, era possível conservar a carne por longa data sem a necessidade de geladeira, usando uma lata.
Quem nos conta mais sobre essa história é Adriana, que por sua vez, recebeu o ensinamento de sua vó, Dona Zildete, que sempre foi a responsável por passar adiante os conhecimentos da cozinha caipira, nas fazendas da região de Rio Vermelho (MG).
“Minha avó foi a especialista responsável em nos passar este legado. Para ela, o alimento e o empenho em colocar toda a família para participar do processo, sempre foi uma relação de amor pela comida”, nos contou a Adriana.
Atualmente, Adriana e sua mãe, Ana, comandam o Santa Matula (@santamatulaop), no centro histórico de Ouro Preto, e por lá o prato número um de vendas é o “Chico Rei”, que tem na receita a tal carne de lata aprendida com a avó! E ainda acompanha tutu, torresmo, couve e ovo cozido – um tradicional prato dos tropeiros, tão comum nas fazendas mineiras, há séculos.
Essa mesma receita era servida, antigamente, nos almoços lá na fazenda Raposo, no Rio Vermelho, quando a principal necessidade era ter um preparo rápido – já que a carne estava pronta na lata, era necessário apenas cozinhar os acompanhamentos. As recordações desses saberes e fazeres, cheios de propósito, são fonte de inspiração!
A história completa vamos conferir em breve, no Espaço Conhecimento do Festival Dona Lucinha, que recebe também outras aulas práticas, além de chefs cozinhando ao vivo, mercearia de produtores, música e muita cultura!
O evento acontece em Serro (MG) nos dias 8 e 9/10 na Praça João Pinheiro e em Conceição do Mato Dentro (MG) nos dias 15 e 16/10 no Largo do Rosário. A entrada é gratuita.
