Espeto Corrido

Expedição Fartura Rio Grande do Sul

Espeto Corrido

Churrascaria gaúcha é berço
de rodízio de carnes
– ou melhor: espeto corrido

Reza a lenda que o espeto corrido surgiu numa churrascaria às margens da rodovia RS-239, na cidade gaúcha de Sapiranga, mais conhecido como rodízio de carnes. Ou melhor: o espeto corrido, como se chama essa sequência de carnes no Rio Grande do Sul.

Aconteceu por acaso, conta o garçom Pedro Paulo Reinheimer, funcionário mais antigo da Churrascaria Matias, de ambiente simples e bons preços. Matias, antigo dono da casa, costumava fazer comida para eventos como casamentos e aniversários, até que teve um imprevisto.

“Nas festas de antigamente, era comum servir toda a comida à mesa. Nos anos 1960, numa oportunidade em que faltou carne, tiveram de assá-la na hora. A correria obrigou os garçons a cortarem a carne diretamente do espeto para os pratos dos convidados. Todo o mundo achou aquilo muito bonito”, diz.

Pouco tempo depois, diz Pedro Paulo, Matias implementou o sistema de rodízio de carnes que deu certo na festa em seu restaurante.

Hoje, num espeto corrido jamais falta costela, fraldinha, cupim, salsichão e picanha, afirma o assador de um Centro de Tradições Gaúchas em Porto Alegre Falcão Cigaran. “Antigamente, eram poucas carnes. Sete, oito opções. Foi de alguns anos para cá que começaram a servir coração, pão de alho, queijo assado.”

Como acompanhamento, basta salada e farinha. “Arroz, fritas e banana a gente come em casa”, brinca.