A tarioba é um molusco bivalve que habita as areias próximas a manguezais no litoral brasileiro. Também conhecido como “marisco lambão” – por causa da “língua”, utilizada para escavar a areia –, tem tamanho maior que o vôngole e o berbigão, podendo alcançar de 6 a 8 centímetros de comprimento. A cata dele se dá na maré vazante, e a utilização em receitas deve ser feita após o molusco ser bem lavado em água corrente.
Antônio Carlos Ferreira, mais conhecido como “Buna”, é o proprietário da Pousada Rancho do Buna, em Atins, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. “Adoro cozinhar, e uma das minhas especialidades é o arroz de tarioba”, conta Buna. “As tariobas são catadas no fundo da pousada, conforme demanda do cliente. Assim, não precisamos guardá-las depois de cozidas ou congeladas, como acontece nos restaurantes de cidade grande”. Sobre o preparo da receita, Buna diz gostar de misturar algumas tariobas catadas no meio do arroz, “para dar sabor”, e manter algumas dentro da concha, para colocá-las sobre o prato, para “melhorar a apresentação e para que os clientes a conheçam como ela é na natureza”.
